domingo, 12 de julho de 2009

O mundo de Tela



     Ano: 1971. 18 de setembro. Seis da manhã. Numa quase primavera, nasce a menina Tela. Numerologicamente não se sabe o poder do seu nome. Mas, ele parece tão infinito no seu significado quanto a menina que não tem fim da canção do Gil.
     Tela tem fascínio por aquele escritor que nasceu homem e morreu menino. E assim como um personagem dele- que um dia (re)conheceu-, ela quando criança também voava. A dois palmos do chão, ela voava (!). Era mágico. Só ela sabia. Só ela voava...
     Um dia, a menina contou à "Tia-Terra" o seu segredo. Zefinha, a tia, como má virginiana, era pé no chão. Um tipo tão fincado à terra que atrapalhou o voo da menina: disse aridamente que isso não podia ser. Tela ficou triste e quieta...
     Dias depois, a menina tentou o seu voo rasante. Não conseguiu. Tentou uma, duas, três... Foi então que Tela entendeu que- para acontecer- algumas coisas não devem ser ditas; que, assim como a imaginação, algumas ideias não são desse mundo. Aliás, é só no silêncio que as elas se realizam. E é por isso que você está aqui.

     Bem-vindo (a) ao mundo de Tela!