René Magritte
A Violação, 1934. Tem uma tela dele (postada ao lado) que sou apaixonada: O Império das Luzes, de 1954. Nela, você tem uma cena noturna, em que aparece o interior da casa iluminado pelas luzes artificiais sob um céu claro de um dia azul. Foi a partir do conhecimento dessa tela que lembrei daquele meu desenho infantil. Tudo bem que não tinha o talento magritteano. Mas, estava presente ali a liberdade de expressão, o pensamento possível ou visível daquilo que vai além do real. Crianças e artistas são assim mesmo: livres de atitudes e pensamentos. É por isso que eu amava quando a minha sobrinha- por volta dos cinco ou seis anos- fazia uma ressalva antes de contar uma história real: " Eu não sei se eu sonhei, pensei ou inventei". Então, eu ouvia e sorria. Coisa de quem conhece a liberdade.