sexta-feira, 14 de maio de 2010

A morte da morte

                                                                                           
         Tema difícil de ser tratado e vivenciado, a morte - ainda assim-  está presente nas nossas vidas. E é sobre o assunto que o educador Eugenio Mussak  fala com racionalismo e maestria acerca dessa possibilidade (certeza!) em artigo publicado na revista Vida Simples deste mês. Entre citações de Epicuro, Freud e Woddy Allen- este quer ser imortal não pela sua obra, mas pela sua não-morte -, o que me agrada também  no texto é o chamamento à reflexão sobre o que é estar vivo.
          Além de amainar o tema, Mussak nos faz ver o quão errado é sofrermos por aquilo que não controlamos. Que errado mesmo é morrer antes de morrer. E diz mais:   "morrer antes de morrer é não encarar a vida com humor e gratidão, é perder a oportunidade de deixar este mundo melhor com a própria presença. ".
           A morte não é fácil; tampouco a vida.  E eu tenho muito o que  aprender com Eugenio Mussak ou com a própria vida. Mas, antes, eu quero a morte da morte. Quero a poesia! Quero a  "re-presença" do poema. Quero a presença (dele!).
           Sim! Quero o grito. Não a dor.


 
  P.S. : A foto é do belíssimo filme "A Partida".